UM POST(E) SÓ PARA DESABAFAR
Maria João Brito de Sousa
Ouro. O mundo parece estar a atravessar uma nova crise da febre do ouro. Que o mundo mudou, argumentam alguns… pois claro que mudou mas, caso se não tenham apercebido, ainda está e estará a mudar e, se hoje o ouro em bruto é valioso, amanhã o que valerá será o desenho, a concepção de qualquer objecto em qualquer material mais ou menos raro. Porque as moedas são instáveis, meus caros, enquanto que a ideia, a Criação, foi, é e sempre será o mais valioso dos bens. Isto digo eu que assumo nada perceber de valores, acções, cotações da bolsa e moedas de troca… mas que não sou estúpida ao ponto de confundir o pontual com o intemporal. Não o sou hoje nem o era há quarenta anos atrás, quando formulei, por escrito, uma pequena teorização sobre o tema. Acreditem; o ouro morre. Todos os valores materiais são perecíveis, a curto ou a longo prazo. E não estou a ser nada idealista. Baseio-me em tudo o que vem acontecendo ao longo da história da humanidade, após os mais turbulentos períodos de mudança.
De muito poucas coisas estou segura. Ao contrário do nosso Presidente da República tenho, graças a Deus, imensas dúvidas e acontece-me errar com saudável frequência. Esta é uma daquelas coisas de que estou segura há muitos, muitos anos.