Parou, olhou, rodou ligeiramente sobre os calcanhares e aspirou o ar frutado de uma tarde pontuada pelo trinar dos melros. Respondeu-lhes, como sempre, alheia a quem passasse. Não exactamente porque passava alguém… apenas alheia, apenas por gostar de si mesma, do aroma da tarde e do canto das aves… e ninguém que entendesse o que naquele instante se passava, poderia impor-lhe a ideia de que pudesse haver uma coisa mais importante para fazer ou sentir.Ninguém.
Afinal, descobrir o canto dos melros no aroma frutado de uma tarde de Abril, para ela – e dela se tratava – era tão imprescindível quanto para outros pode ser o acto de respirar e ela sempre assumira os girassóis que há muito tempo lhe haviam germinado por dentro.
PS -
Desculpem-lhe a falta de título. Não repararam? Pouco importa… é tão só mais um texto de amor, ligeiramente menos ridículo do que as cartas amor e ligeiramente menos óbvio, também. O seu pior defeito é execrar o vulgar ao ponto da náusea. Mata-o sempre que possível, por pura questão de reacção, direi… química. Química, saudável e, sem sombra de dúvida, desejável. No que à literatura diz respeito, claro.
Maria João Brito de Sousa – 20.04.2011 – 19.44h
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