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28
Jun11

NÃO PAGO, NÃO PAGO E NÃO PAGO!


Maria João Brito de Sousa

 

Vocês, que até ganham um bocadinho mais do que cento oitenta e nove euros por mês, pagariam?*

Provavelmente estou mesmo com uma infecção urinária alta (com compromisso renal, como todas as poucas que tive…) que não deve ter nada a ver com os banalíssimos Escherechia Coli** que toda a gente vai tendo de quando em vez, porque as minhas - essas poucas que mencionei -  foram inevitavelmente protagonizadas  por bicharocos maquiavélicos e oportunistas, do tipo Proteus Mirabilis … ou pior. Não me parece que seja preciso ser técnico de saúde para se entender que, numa cidadã debilitada ao nível da saúde física, este tipo de infecção seja incomparavelmente mais grave do que num adulto saudável… mas, adiante! A urinocultura vai ser, com toda a probabilidade, inconclusiva porque eu estou a fazer antibioterapia, prescrita no hospital, para uma infecção respiratória. Até aqui,” tant mal que bien”… ninguém tem a culpa deste tipo de azares e, azares, acontecem a qualquer um… aquilo que eu não posso nem quero calar é o facto de estar a ser lesada num dos meus mais básicos direitos. Tão simples quanto isto; em qualquer unidade de cuidados de saúde a que eu – in extremis e só in extremis! – recorra, a barra magnética do meu cartão de cidadão informa os funcionários administrativos da minha situação de “isenta por doença crónica”. Isto acontece sempre que eu sou convocada para uma consulta ou, em último caso, recorro à urgência hospitalar. “Normal!”, exclamarão vocês, caso tenham tido a improvável paciência de trazer a vossa leitura até este exactíssimo ponto…

Sim, normalíssimo, responderei eu, acrescentando que nada seria mais normal do que isto SE – há sempre um SE… - no Centro de Saúde de Oeiras eu não fosse obrigada a pagar não só a taxa moderadora, como também a minha comparticipação nas análises clínicas e outros meios complementares de diagnóstico.

Porque não resolvo já isso? Eu tento! Eu bem tento… ando há meses a tentar e todos me vão dando as respostas mais estapafúrdias que alguém possa imaginar! Hoje, por exemplo, não me bastou apresentar os atestados acima – e abaixo… - e tentar explicar que não é possível um serviço de cuidados de saúde passar-me receitas electrónicas nas quais o despacho que oferece gratuitidade está presente e, a seguir, ceder-me credenciais para análises clínicas onde o mesmo despacho desaparece miraculosamente…

Viram como eu tentei?

 

 

*Penso que, nesta coisa de “pobreza online”, continuo a bater todos os recordes…

 

** Estes, a que a maioria chama de Colibacilo,

não fazem grande mossa no adulto saudável e não têm culpa nenhuma de que uns “primos” tenham resolvido evoluir de forma mais agressiva, deixando o nome da” família” pelas ruas da amargura, em parangonas, nas páginas de todos os jornais…

 

 

Maria João Brito de Sousa – 27.06.2011 – 23.59h

 

 


4 comentários

  • Muito obrigada, Zilda, por se disponibilizar para o tal "barulho" que eu fiz neste artigo. Estou convicta de que vou ter o caso solucionado na próxima sexta-feira, data da consulta em que irei saber o resultado da urinocultura que fui fazer ontem. Não sei se é maldade, mas falta de visão, é de certeza! Ao certo, alguém deve ter sobreposto a minha isenção por desemprego à isenção por doença crónica e, fazê-los admitir que cometeram um errozinho, é coisa mais difícil do que "meter o Rossio na rua da Betesga".... mas para ter a isenção por desemprego eu teria de ir a Cascais, ao Centro de Emprego, trazer uma credencial e fazê-lo anualmente, muito provavelmente "ad aeternum"... isto pode parecer muito simples mas, para mim, significa uma despesa bastante significativa em termos de transportes. São pequeninas coisas que se podem evitar com um gesto simples... e tem sido o cabo dos trabalhos porque todos passam a solução para a mão do outro e tudo ficou por resolver... até agora, espero eu!
    Um abraço muito grande!
  • Imagem de perfil

    Zilda Cardoso 29.06.2011

    São estas pequenas razões que fazem o nosso país PEQUENO. Tão pequeno!
  • Tem toda a razão, Zilda! Eu acredito no povo português e gostaria muito que estas pequenas coisas se tornassem cada vez menos frequentes porque provocam um desgaste indizível e bastante mais sofrimento do que possa parecer.
    Vou visitá-la! Se me preocupo demasiado com o volume de correio acumulado, acabo por não dialogar nada com os meus amigos...
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